Muitos aspectos culturais, incluem uma obsessão pela a perda
de peso. As revistas femininas, muitas vezes incluem histórias sobre controle
de peso, dieta, ou como aumentar grupos musculares específicos. Modelos e
atores muitas vezes exibem um nível de magreza que é difícil de alcançar,
programas de computador são usados para alterar fotografias, e alguns atletas
implacavelmente perseguem um corpo mais magro para melhorar o desempenho. Essa
preocupação com o corpo “ideal” associado ao padrão de beleza da atualidade, muitas
vezes se estende aos adolescentes, transformando-se em doença.
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http://www.afh.bio.br/digest/digest5.asp |
Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação
persistente da alimentação que prejudica a saúde e o funcionamento psicossocial
do indivíduo. Os distúrbios incluem anorexia
nervosa, desordem da ingestão de alimentos esquiva / restritiva,
transtorno de compulsão alimentar, bulimia nervosa, pica e transtorno de
ruminação. Os diagnósticos são baseados em critérios da Associação
Psiquiátrica Americana e Manual Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta
Edição (DSM-5).
Alguns questionários tem sido desenvolvidos, com objetivo de
triagem para pacientes com possível transtorno alimentar, podemos destacar o
questionário SCOFF, que inclui 5 perguntas diretas.
Não há consenso sobre as causas dos transtornos alimentares.
Uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos, familiares,
ambientais e fatores sociais, provavelmente, contribuem para o desenvolvimento
de um distúrbio alimentar.
Anorexia Nervosa
É um transtorno alimentar que faz com que as pessoas percam
mais peso do que é saudável. Para perder peso, as pessoas comem muito pouco ou não
comem, mesmo quando estão com fome, pensam que estão gordas, mesmo quando eles
estão abaixo do peso e não entendem que o seu baixo peso corporal pode causar
sérios problemas de saúde.
A anorexia nervosa tem uma prevalência estimada de 0,9% nas
mulheres e de 0,3% nos homens. O diagnóstico requer cada um dos critérios
listados na tabela abaixo.
De
acordo com o DSM-5, o diagnóstico da anorexia nervosa requer cada um dos
seguintes:
restrição
da ingestão de energia que leva a um baixo peso corporal, pela idade do
paciente, sexo, grau de desenvolvimento e saúde física
|
medo
intenso de ganhar peso ou ficar gorda, ou o comportamento persistente que
impede o ganho de peso, apesar de estar abaixo do peso
|
percepção
distorcida do peso corporal e forma ou a negação de seu baixo peso corporal
|
*Amenorreia,
no DSM-5 foi eliminada como critério
Não existe nenhum teste direto para diagnóstico de anorexia
nervosa, mas o médico, através de uma anamnese detalhada e solicitação de
alguns exames laboratoriais como exames de sangue, urina e eletrocardiograma,
pode fazer este diagnóstico e programar o tratamento.
A anorexia nervosa pode levar a vários e sérios problemas de
saúde, já que o corpo e o cérebro não recebem a nutrição que precisam. As
complicações incluem problemas no cérebro, coração (atrofia do miocárdio,
prolapso da válvula mitral, derrame pericárdico, bradicardia), pulmões, fígado,
rim, e glândulas (amenorréia hipotalâmica funcional, problemas pré-natal e
pós-parto), perda óssea (osteoporose), gastroparesia, fraqueza muscular,
inchaço e problemas para ter evacuações (constipação), queda do cabelo e unhas quebradiças,
sensação de frio constante e cansaço intenso. Além disso, pode coexistir,
depressão, problemas com o sono, memória ou concentração, ansiedade, abuso de
álcool ou drogas
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http://saude.umcomo.com.br/articulo |
O tratamento da anorexia nervosa envolve o acompanhamento
das condições clínicas e exames laboratoriais, prescrição de medicamentos, acompanhamento
visando o ganho ponderal, psicoterapia (com o paciente e familiares), portanto
o ideal é o acompanhamento multidisciplinar com nutrólogo, psiquiatra,
nutricionista e psicólogo.
Algumas pessoas podem
ser tratadas em casa, mas outros precisam ser tratados no hospital,dependendo
dos sintomas clínicos, peso e estado de saúde. O tratamento para a anorexia
nervosa pode ser difícil e pode levar um longo tempo. A recuperação completa
pode levar anos. Após o tratamento, muitas pessoas ficam curadas, mas as
recaídas não são raras. Para evitar uma recaída, o plano terapêutico deve
ser seguido rigorosamente, com acompanhamento regular pela equipe assistente. *Dra. Marcela Tanus Gontijo – Clínica Médica/ Nutrologia– CRM-MG 52.721.
Consultório: Rua sete de setembro, num 2716, sala 203 – MedicalCenter – Centro, Gov. Valadares/MG.
Tel:(33) 3025-2522
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